Relaxar sendo você mesmo!
A máscara deriva de nossas tentativas, muitas vezes frenéticas e sempre condenadas ao fracasso, de nos equipararmos a um ideal "perfeito", a uma auto-imagem idealizada. O esforço que fazemos para nos encaixar no quadro perfeito de quem pensamos que deveríamos ser nos mantém AGITADOS E DISTANTES DA PAZ DA AUTO-ACEITAÇÃO. O perfeccionismo é o principal obstáculo à felicidade, impedindo-nos de RELAXAR e de aceitar as imperfeições do aqui e agora.
Precisamos trabalhar muito tempo para nos aceitar como somos, e aceitar os outros como são. O primeiro passo é determinar claramente nossa resistência à auto-aceitação: até certo ponto, cada um de nós acha que não é exatamente como é. Assim, criamos um falso eu. Mas o investimento de energia na criação e manutenção dessa auto-imagem idealizada é semelhante a construir um robô em vez de viver a vida do ser humano. Cambaleando sobre pernas de pau, muito acima do eu real, o eu-máscara mantém-se artificialmente no lugar, à custa de um grande esforço da alma.
É por isso que o eu-máscara sempre é a primeira parte nossa que entra em colapso durante uma crise. As crises muitas vezes trazem consigo o sentimento de perda de identidade; de fato, a crise freqüentemente é o modo que a natureza tem de nos ajudar a descer do pedestal desconjuntado que criamos no esforço de ser quem não somos. As crises agitam a matéria paralisada da alma, presa na versão idealizada de nós mesmos, e nos força a assumir uma identidade humana mais verdadeira, mais profunda, mais natural e mais vulnerável. Ao aprendermos a assumir uma parte maior da realidade, conforme se manifesta a cada momento, não entramos em colapso porque não há lugar algum para ir além daquele onde já estamos.
Viver cada momento com auto-aceitação é o antídoto da máscara. Mas isto não significa que não devamos ter ideais ou vontade de nos aprimorar. No entanto, ter ideais é muito diferente de ter uma auto-imagem idealizada.
Muitas vezes, conseguimos descobrir a máscara com a seguinte pergunta: "Que impressão eu quero criar, e por quê? Se a motivação é criar uma aparência que não corresponde exatamente à verdade interior daquele momento, podemos saber que estamos vestindo a máscara.
Quando fazemos julgamentos apressados de nós mesmos e dos outros, ou quando ficamos dissimulados, com medo de nos expor, sabemos que a máscara está presente. Se freqüentemente sentimos vergonha, ansiedade ou culpa porque deixamos de cumprir os padrões que impomos a nós mesmos, podemos ter certeza de que a máscara está funcionando. Sempre que vivemos unicamente na máscara, a vida parece vazia e sem sentido.
Comentários
Postar um comentário