"PENSO, LOGO NÃO EXISTO"

Cientistas da mente derrubam a noção clássica de consciência
Eu não sou o que penso que sou, caro leitor, e você também não. Loucura? Pois é o que afirmam alguns dos mais talentosos e inquietos cientistas de nossos dias. À medida que mergulham no mistério da consciência humana, pesquisadores das áreas de neurociências, psicologia, filosofia da mente e ciências cognitivas estão criando teorias que desmontam a idéia, levada às últimas conseqüências pelo cartesianismo, de que existe uma consciência independente, separada do mundo, que está em algum lugar do nosso cérebro e que usa seu livre-arbítrio para fazer escolhas e viver a vida. Pura ilusão, dizem eles.
Na verdade, nossa mente abrigaria uma profusão de diferentes 'eus', que disputam espaço entre si, executam ações especializadas sem que saibamos e, mais impressionante, nos mantém na ilusão de que somos 'apenas um'. Na verdade idéias assim não são novas. Ensinamentos semelhantes sobre a natureza humana têm sido transmitidos há milhares de anos por diversas tradições do pensamento oriental, especialmente do budismo, que há 2600 anos ressalta o abismo entre a realidade e as idéias que temos dela. Quem acha que isso parece coisa de místico, vai se surpreender com a participação nesse debate de pesquisadores reconhecidamente céticos.

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